Cuba e EUA <br> iniciam conversações

Representantes dos governos cubano e norte-americano iniciaram, ontem, em Havana, a primeira ronda de conversações destinadas a restabelecer totalmente as relações diplomáticas entre os dois países, suspensas desde a imposição por Washington do criminoso bloqueio à ilha.

A agenda de temas a discutir tendo como objectivo a normalização das relações, tem como primeiros pontos os fluxos migratórios, sobre a qual Cuba e EUA têm acordos firmados desde a década de 90 do século passado, e os princípios a observar nos laços futuros, incluindo a abertura de representações diplomáticas oficiais em Havana e Washington, respectivamente.

A delegação cubana é chefiada por Josefina Vidal, directora-geral para os assuntos norte-americanos. O representante dos EUA é Edward Lee, subsecretário do Departamento de Estado. Entretanto, encontra-se desde sábado, em Cuba, uma missão diplomática norte-americana chefiada pela secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, e na qual se incluem vários congressistas.

As conversações entre Cuba e os EUA ocorrem depois de os presidentes Raúl Castro e Barack Obama terem anunciado, a 17 de Dezembro, o restabelecimento das relações diplomáticas, bem como uma troca de prisioneiros que permitiu o regresso a Cuba dos três patriotas cubanos, injustamente condenados por «terrorismo», que permaneciam nos cárceres norte-americanos.

No final da semana passada, os EUA concretizaram as primeiras medidas de alívio do bloqueio a Cuba. Já na segunda-feira, 19, um grupo de personalidades norte-americanas endereçou a Obama uma carta aberta defendendo o fim de uma política falhada face a Cuba. Anteontem, no discurso sobre o estado da União, Barack Obama desafiou o Congresso a começar a trabalhar para pôr fim ao bloqueio.




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